Todas as manhã sacio uma imaginação mais rigorosa que frio que corta meu rosto.
Um local exato. Um horário exato.
É quase certeza que vem, de mansinho como um gato que rodeia as penas da dona de casa enquanto faz o café.
Seu olhar hipnotiza não só os fracos, mas principalmente os fortes.
Sem notar que em sua frente há um escritor esfomeado por frases bem confeccionadas medindo cada detalhe dos seus movimentos, e assim consegue surpreender ainda com perfeição à expectativa das palavras que vão se fazendo a todo segundo dentro da minha cabeça.
Alisa seu cabelo tingido na intenção de aquietá-lo sem saber que mesmo despenteada sua beleza nunca mudaria.
Disfarça a cada olhar que fixam seu rosto ou seu corpo.
Corpo que parece ser desenhado à mão por grandes pintores, acentuadas curvas e perfeitas para qualquer estilo de vestimenta.
Apanha da sua companheira bolsa o fone de ouvido para ocupar sua mente com barulhos entoados.
O que deve ouvir? Algum locutor do seu gosto que fala a todo instante? Músicas quem sabe...
Sempre calada, típica curitibana.
Esses momentos são limitados, hora vai, hora vem!
E sei que um dia irá, e não voltará, assim como tudo na vida.
Não vi seu sorriso.
Não ouvi sua voz.
Mas caminha parecendo flutuar.
Seguido pelos olhos de quem gosta de mulher de verdade.
E arrasando corações de homens amadurecidos à amar.
Se cobrassem ingresso eu pagaria.
É um verdadeiro espetáculo.
O mais incrivel arrasado na forma simples de ser!

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