Dia Interminável


Afogo-me num mundo de solidão, um lugar onde tem dezenas de pessoas, mas me sinto só, perdido em um deserto frio e tenebroso.
Durante essa jornada de dor, alguns suspiros de esperança invade o meu peito sofrido para acalmar as correntes nervosas, mas nenhum sucesso, nenhum sol invade a janela do meu quarto, tudo é tão escuro, sereno.
Lágrimas rolam no meu rosto, com um fio liga os meus olhos ao canto da minha boca, eu não queria chorar, mas lágrimas teimosas não escutam a voz do orgulho, e sem acanhamento banha meus olhos. O coração bate aceleradamente, forte e compulsivo, semelhante a uma máquina desgovernada, por mais que você faça o possível, não ha controle, mas há danos são espirituais que me deixam sem vida, sem ar, sem forças para viver, sem luz para meu caminho, que seguidamente vou tropeçando em pedras.
Um dia de dor que não termina, ódio da vida, com desejos profundos de sacrificá-la mas sem força até mesmo para isso. Meu interior grita desesperadamente pela morte, morte que nunca chega em horas que necessitamos, morte que abandona os fracos e surpreende os fortes, morte que por mais que eu grite não olha por mim, morte, estúpida morte.
Vivo nesse desatino, torturas da solidão arrebentam meu coração que um dia gozou de felicidade. Mas insisto em clamar, que sabe um dia eu vou, agarrado nos braços da mais temida morte.
É apenas um modo de me libertar da aflição que insiste em me sufocar, a dor de um amor indeciso...a dor da infelicidade!
(Cristiano Pazetto Santana)

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