Que mundo é esse?








Já passamos por muitos sinaleiros em nossas vidas, qualquer lugar onde há um cruzamento movimentado, lá está àquelas luzes acendendo de tempo em tempo nos dando ordem para prosseguir ou parar, levando o trânsito a calcular menos acidentes no final das contas. Pois então, nesses sinaleiros vemos claramente o foco do nosso assunto, a desigualdade do mundo social.
Por aquele determinado lugar passam pessoas com carros de grande valor, passam pessoas que trabalham os sete dias da semana sem descanso algum, passam pessoas que ganham a vida e o “vicioso dinheiro” tortuosamente, passam pessoas que não tem um trabalho digno, pessoas que vendem o corpo para sobreviver, outras nem mesmo com um trabalho, outras que não tem onde comer, enfim, a imagem do capitalismo está ali naquele ou em muitos outros cruzamentos do mundo.
É ridículo dizer-mos que dentro desse “regime infame” há algo que podemos aproveitar, nem mesmo os marketing fajutos que nos trazem “facilidade e fácil acesso para uma vida melhor”, toda a composição que trás o tão obscuro sistema onde o dinheiro é a carta branca é desprezível, mas o problema é que nem todos pensam assim, o problema não está no capitalismo em si, e sim nas pessoas que vivem conformadas com a indecência mundial.
Quanta violência e quantas mortes estampam as capas dos jornais e revistas por culpa da competição em que vivemos, onde todos se importam apenas em ganhar mais, ser mais rico e mais poderoso, até mesmo em certas instituições, budistas, padres, cristãos procuram primeiramente o valor em números e depois o valor celestial. É muito fácil perceber que o cristianismo também vai para o ralo com o capitalismo presente, é como se “dois corpos não ocupam o mesmo lugar”.
Hoje já podemos dizer que sentimos saudade do cristianismo puro, se é que um dia existiu.
Sem culparmos o capitalismo como vilão percebemos que a tendência das igrejas da atualidade é a procura do dinheiro dos fiéis. Dei-me sua contribuição que Deus lhe trará muita paz e comunhão para com vida, é o básico do anuncio que sempre saí da boca do líder. Com aquele dinheiro a concessionária é o destino, um carro novo então aparecerá no pátio da igreja e todos ficam felizes, o carro novo do pastor/padre passa a ser sagrado, todos comentam sobre benção de Deus sem enxergar que aquele bem material saiu do bolso de cada fiel, mas eles acreditam apenas nos ensinamentos sobre ajuda financeira para com o “receptor das palavras de Deus”. Sinceramente é o cúmulo do ridículo, é uma enorme aula de manipulação social, e todos caem.
Ao invés de usar a manipulação para ganhar o maldito dinheiro, deviam fazer o que talvez seja a última salvação do mundo. Por na cabeça de cada ser humano que o capitalismo é algo banal, e que tudo na vida tem seu valor real, nada é insignificante, mudar a mente e o coração das pessoas é uma tremenda ousadia, ainda mais pensarmos que cada ser humano beneficiado com esse “regime” acreditaria que o mundo continuaria o mesmo a eles se tivessem que ceder algum bem, seria ignorância demais, portanto, como preceder para que todo o mal capitalista perca a força e o valor no mundo onde tudo tem um preço, até mesmo a vida.
Certa vez escrito pelo Pastor Ron Riffe no http://www.espada.eti.br/p124.asp, “A eternidade é para sempre (!) e é tolice demais sacrificar os tesouros do céu pelas riquezas deste mundo. No entanto, é exatamente isso que muitos cristãos fazem rotineiramente quando ficam enamorados com os bens materiais. Estou convencido que nosso Deus atribui soberamente a cada um de nós uma posição relativa na vida — nosso status financeiro e material, juntamente com as capacidades co-relacionadas (ou a falta de capacidades) pertinentes a essa posição. Sejamos francos, nem todos têm o intelecto ou a capacidade de acumular riqueza e lidar com ela da forma correta. Alguns têm essa capacidade e graças a Deus por eles poderem gozar os frutos de seu trabalho. Outros irmãos fazem o melhor que podem, mas passam a vida inteira lutando apenas para satisfazerem suas necessidades básicas de alimentação e vestuário. Experimentamos a verdadeira felicidade e o contentamento espiritual quando descobrimos qual é nosso nicho respectivo na vida e então fazemos o melhor que pudermos, enquanto pudermos! Entramos em problemas quando não estamos satisfeitos com a provisão de Deus e cobiçamos mais do que Ele sabe que é melhor para nós. Ambição e desejo de progresso material somente são naturais e corretos quando não forçamos a coisa. Se Deus quiser que prosperemos em nossos empregos e ganhemos mais dinheiro, Ele fará isso acontecer”. A visão do pastor é semelhante àqueles debates sobre destino, mas para cristãos ou simpatizantes da palavra divina a visão do escritor está perfeita, mas há controversas, falhas para críticos e defensores do livre arbitre, que jamais um dia concordará em destino, existe um grau de relatividade nessa polêmica que somente os defensores do dinheiro concordará em debater, o mundo das cifras ($) desembainhara a espada de ouro entrevendo as investidas pacíficas sobre um mundo melhor, é como Israel e Palestina, uma guerra sem fim.
“Outros elementos que caracterizam o capitalismo são as acumulações permanentes de capital; a geração de riquezas; o papel essencial desempenhado pelo dinheiro e pelos mercados financeiros; a concorrência, a inovação tecnológica ininterrupta e, nas fases mais avançadas de evolução do sistema, o surgimento e expansão das grandes empresas multinacionais”. É isso que o site http://www.renascebrasil.com.br/f_capitalismo2.htm, nos mostra, exatamente aí que surge o problema de nós reles mortais, a estrutura do capitalismo que acaba com o nosso prazer de viver, que faz acontecer tantos sinaleiros povoados de moradores anônimos, que dá a uns o lado mais cruel da vida e a outros o gozo do egoísmo que amedronta o coração carregado de bens materiais.
Acho que relatado as maiores alfinetas do intelecto anti-capitalista, resta dizer que a solução nunca chegará há uma fórmula, e sim continuará sendo uma incógnita, nem o pastor Ron Riffe será ouvido completamente, nem o sistema atual e doloroso beneficiará a todos dependentes, lemos os jornais e vemos que estamos cada vez mais longe de sermos um mundo igual, sem ao menos barrigas vazias.
Enquanto o impasse permanece seguiremos sofrendo, assistindo todos os dias pessoas tirando vidas por dinheiro, pessoas morrendo de fome por não ter um pedaço de pão seco e embolorado, seguiremos vendo o mundo se auto-destruindo, enquanto os egoístas beneficiados gastam em perecíveis o dinheiro que evitaria a morte e o desespero de pais inconsoláveis sem comida para por no prato dos filhos que roncam a barriga, muitas vezes mais alto que o choro que a fome causa.
Enquanto isso nos perguntamos: que mundo é esse?

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