Sangrando as marcas do passado


Tudo chegou ao fim, parecia que não ia acontecer com a gente, era tudo tão bonito; sabe, o seu sorriso brilhava quando estava comigo, nunca imaginei que um dia aconteceria o fim, apesar de que sabemos que ha um fim para todas as coisas, mas agora me responda, quem é que diria que nosso amor também teria?
Estou eu aqui, muitas vezes relembrando o passado, e me dói, me dói muito. Lembra, quando fomos àquela chacará, saímos a noite para contemplar o luar e ficarmos juntinhos, deitamos sobre o gramado verde de debaixo do véu de estrelas, a noite estava maravilhosa e ali mesmo fizemos amor intensamente como dois loucos apaixonados, nunca havia me sentido tão perto da perfeição, seu corpo quente transpirava paixão, tudo era especial naquele dia, foi simplesmente um momento inesquecível (pelo menos pra mim)...
No dia de ano novo fizemos juras eternas você lembra? Debaixo dos fogos de festejos, você me fez prometer ficar sempre do seu lado, por toda a vida, eu cumpri meu amor, mas você não.
E como ja disse, tudo tem um fim, mas o nosso não poderia ter, tão inútil e insensato foram você e suas palavras quando tudo acabou, agora sofro.
Não ha palavras que possa substituir a minha dor, não ha momentos que possam aliviar o meu sofrimento. Saudade é o cumulo da necessidade de vida, fere diretamente o íntimo, o ponto fraco.
Meu coração sangra, e pelos caminhos da vida me arrastejo procurando um antídoto, não quero mais me oprimir nas marcas do passado e sangrar, pois tudo que sinto é meu sangue escorrendo pela minha alma, uma tortura sem fim, nas marcas do passado.
(Cristiano Pazetto Santana)

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